sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Escapulário!


Na Idade Média, o escapulário era uma espécie de avental que caía na frente e atrás – “scapulas” – palavra latina que significa ombros, e era usado sobre uma roupa comum, pelos eremitas estabelecidos no Monte Carmelo, na Palestina, e que deu origem à Ordem do Carmo. Viviam em pequenos eremitérios, da oração e da mendicância, até que com a conquista da Terra Santa pelos mulçumanos, tiveram que fugir para a Europa. Como já existiam outras ordens também mendicantes, eles não foram bem recebidos e encontraram grandes dificuldades, passando até pelo risco de extinção.

Foi então que o Carmelita Simão Stock, homem penitente e de grande santidade, foi eleito Superior Geral da Ordem. Angustiado com a situação em que se encontravam os seus irmãos carmelitas, começou a suplicar incessantemente a Nossa Senhora que protegesse a sua Ordem.

Assim, no dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, Nossa Senhora apareceu-lhe com o menino Jesus nos braços e rodeada de anjos. Apresentou-lhe, então, um escapulário, dizendo-lhe: “Recebe, filho muito amado, este escapulário da tua ordem, sinal de minha confraternidade. Será um privilégio para ti e para todos os Carmelitas. Todo o que com ele morrer não padecerá do fogo eterno. Ele é, pois um sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e de pacto sempiterno”.



O Padre Simon Maria Besalduch, em sua obra “Enciclopédia Del Escapulario del Carmen”, nota que São Simão pediu à Virgem “um signo, um sinal, de sua graça que fosse visível aos olhos de seus inimigos”. E que Ela, ao entregar-lhe o escapulário, “declara que o entrega a ele e a todos os Carmelitos como um signo de sua confraternidade e um sinal de predestinação”.


Os Santos e o Escapulário

Eis aqui alguns exemplos do apreço de Santos ao Escapulário do Carmo:

- São Simão Stock, que teve a dita de receber o Escapulário das mãos da Rainha do Céu, no mesmo dia o tocou no corpo de um moribundo impenitente, obtendo o primeiro milagre do Escapulário com a imediata conversão do doente.

- São João da Cruz, ao perguntar muitas vezes ao frade que o assistia em sua última doença, que dia da semana era, explicou: “ Pergunto porque me veio agora à memória quão grande benefício é o que faz Nossa Senhora aos religiosos de sua Ordem que portaram seu hábito e fizeram o que esse privilégio pede”. Realmente faleceu na alvorada de um sábado, 14 de dezembro de 1591.

- Santa Teresa de Jesus com freqüência se gloriava de portar o escapulário “ como indigna Carmelita”. E zelava para que suas religiosas não deixassem de dormir com ele posto. Dirigindo-se a elas, escrevia: “Só posso confiar na misericórdia do Senhor... e nos merecimentos de Seu Filho e da Virgem Maria Santíssima, Sua Mãe, cujo hábito indignamente trago e vós trazeis”.

- Santo Afonso Maria de Ligório não só usava o Escapulário, mas o recomendava insistentemente aos fiéis. O Escapulário com o qual foi enterrado permaneceu incorrupto no sepulcro, e é hoje venerado num relicário em Marianella, sua cidade natal.

- São Pedro Claver serviu-se incessantemente do Escapulário do Carmo em seu apostolado com os negros na Colômbia. Conserva-se uma pintura representando-o no leito de morte, com um crucifixo em uma das mãos e o Escapulário sobre o peito; em volta à sua cama, muitos negros com o Escapulário ao pescoço, beijando os pés e as mãos do missionário.

- São João Bosco recebeu-o na infância e o difundiu durante toda a vida. Enterrado em 1888 com o Escapulário, em 1929 foi encontrado o mesmo em perfeito estado de conservação, sob as vestes apodrecidas e os mortais mumificados desse grande apóstolo e incomparável educador da juventude.

- São BoaVentura dizia: “Desafoguem o peito diante da Virgem do Carmo os pecadores mais empedernidos: revistam-se do seu Santo Escapulário e Ela os conduzirá ao porto da conversão. Honrem-na com o uso do Escapulário e demais obrigações ou obséquios da Confraria.

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O significado do escapulário se resumem nestes pontos:

1. É sinal e garantia. Sinal de pertença a Maria, garantia de sua materna proteção, não só em vida, mas também depois da morte.

2. Permite a agregação à família dos « irmãos da beata virgem Maria ».

3. Com o escapulário Maria mesma consagra o próprio filho, vestindo-o e sinalizando-o de modo especial como pertencente a ela. « Mulher, eis aqui teu filho »! (Jn. 19,26).

4. O devoto (do latim devóvere, oferecer,consagrar) com o escapulário, « se entrega a si mesmo » à Maria. Como um homem livre na Idade Média se entregava a um senhor para prestar-lhe serviço e receber dele proteção.. « Eis aqui tua mãe » (ibid., 27).

5. O devoto se compromete em viver seu serviço ao Senhor Jesus, através da intimidade familiar com Maria, como « irmão da beata virgem Maria ». « Desde esse momento o discípulo a recebe em sua casa » (ibidem). Para comprender o escapulário necessita pôr-se numa ótica « cavalheiresca » que era aquela do tempo na qual ha nacido, mas que pertence também aos valores inamovíveis do homem . Quem usa o escapulário, disse Pio XII, « faz profissão de pertencer a nossa Senhora, como o cavalheiro desse século XIII - ao qual se remonta a origem do escapulário - que se sentia, sob o olhar de sua “dama”, forte e seguro no combate e que, levando suas “cores”, teria preferido mil vezes morrer antes que deixá-lo manchar » (Pio XII, discurso no sétimo centenário do escapulário carmelitano, 6 de agosto de 1950).

Fonte: Texto de Plínio Maria Solimeo, A grande promessa de salvação, Artpres, S. Paulo, 2000, p. 51-53. e site, fátima hoje, site: ordemcarmelita

Aproxima-se a grande festa em honra a Nossa Senhora do Carmo!


A Sagrada Escritura exalta a beleza do Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a pureza da fé de Israel e no Deus vivo. Aí, junto à fonte que tomou o nome do profeta, estabeleceram-se, pelos fins do século XII, alguns eremitas que construíram um oratório em honra da Mãe de Deus, escolhendo a como sua padroeira e titular.

Consideravam-na como mãe e modelo e disto tiveram comprovada experiência: primeiro, na prática da vida contemplativa e, depois, no dom aos irmãos das riquezas hauridas na comunhão com Deus. Por isso foram chamados "Irmãos de Santa Maria do Monte Carmelo".

A comemoração solene, celebrada em diversos lugares, já no século XIV, propagou-se pouco a pouco, por toda a Ordem como sinal de gratidão dos "Irmãos" pelos inumeráveis benefícios concedidos pela Santíssima Mãe de Deus a "sua família".

Não se pode compreender o Carmelo sem a presença viva de Maria. Ela é mãe e irmã que caminha conosco nas estradas do mundo. É a peregrina e a Virgem da esperança que não permite o desânimo em nós. Modelo da nossa vida contemplativa, ela nos ensina a acolher, a meditar e a conservar a palavra de Deus no Coração.

Com Maria sentimos a coragem de ser, no meio do povo e da Igreja, aqueles que oferecem Cristo Jesus, gerado na oração. O carmelita. sente a proteção de Maria no sinal do escapulário. Ser carmelita é imitar Maria e torná-la presente, na Igreja, como a Mãe de Jesus e nossa, Mestra que nos ensina como anunciar o Evangelho.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Santa Teresa de Jesus dos Andes




Dia 13 de julho é dia da padroeira da Juventude Carmelitana Teresiana!

Joana Fernandez Solar nasceu em Santiago do Chile no dia 13 de Julho de 1900. Desde a sua adolescência viveu fascinada por Jesus. Entrou para o mosteiro das Carmelitas Descalças de Los Andes, no dia 7 de Maio de 1919, com o nome de Teresa de Jesus.

Morreu no dia 12 de abril do ano seguinte, aos 19 anos de idade, depois de ter feito profissão religiosa antes de completar o noviciado, em vista do perigo de morte. Foi canonizada, no dia 21 de março de 1993 pelo papa João Paulo II e por ele proposta como um modelo para a juventude. É a primeira flor de santidade da nação chilena e do Carmelo Descalço da América Latina.


A jovem que hoje a Igreja glorifica com o titulo de Santa é um profeta de Deus para os homens e mulheres do nosso tempo. Teresa de Jesus dos Andes põe-nos diante dos olhos o testemunho vivo do Evangelho, encarnado até às últimas exigências na sua própria vida.


Ela é, para a humanidade, prova indiscutível de que a chamada de Cristo à santidade é atual, possível e verdadeira. Ela ergue-se diante de nós para demonstrar que a radicalidade do seguimento de Cristo é o único que vale a pena e o único capaz de fazer-nos felizes.

Teresa dos Andes, com a eloquência de uma vida intensamente vivida, confirma-nos que Deus existe, que Deus é amor e alegria, que é a nossa plenitude.

Fontes: http://www.carmeloonline.com.br e http://www.evangelhoquotidiano.org


"Vi que a Felicidade do mundo não existe e as coisas do mundo deixam-me sempre um vazio que só Deus pode preencher por completo!"
Sta Teresa dos Andes

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Nova Logo!

A Juventude Carmelitana, agora denominada Juventude Carmelitana Teresiana, seguindo a restruturação da própria Ordem, está passando por mudanças, atualizações e dentre elas, elegeremos a nova logo oficial do movimento.

Está aberta a enquete para a escolha da nossa nova logo!
A arte foi gentilmente cedida pelo Fr. Márcio Vargas.

Veja abaixo as opções e vote na enquete ao lado!!




Sagrado Coração de Jesus!



Dia 1 de julho de 2011, segunda sexta-feira após a solenidade de Corpus Christi, celebra-se na Igreja uma das três solenidades do Tempo Comum: o Sagrado Coração de Jesus.

Esta devoção é uma das expressões mais difundidas da piedade eclesial. Consiste na veneração do Coração de Jesus, do mais íntimo de seu amor. O aprofundamento desta devoção deve-se a Santa Margarida Maria Alacoque, uma religiosa de uma Congregação conhecida como Ordem Santa da Visitação. Margarida Alacoque teve extraordinárias revelações por parte de Jesus Cristo, que a incumbiu pessoalmente de divulgar e propagar no mundo esta piedosa devoção. Foram três as aparições de Jesus: A primeira, deu-se a 27 de Dezembro de 1673, a segunda em 1774 e, a terceira, em 1675.

Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que, aproveitando-se da Sua divina misericórdia, participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras. Disse, numa dessas ocasiões a Santa Margarida: "Prometo-te, pela minha excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final; não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos, e Meu Divino Coração lhes será seguro refúgio nessa última hora".

Fonte: http://carmelitaspf.blogspot.com/