sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O Carmelo e a Comunidade

J.M. + J.T.

Olá!

Os primeiros monges no Monte Carmelo, como todos lembram do Castillo, viviam separados, moravam em cavernas, e passavam a maior parte do dia em solidão. Mas a vida carmelitana também tem o aspecto comunitário: ela diz que os irmãos devem se reunir diariamente para as refeições e orações, fala do respeito que todos devem ter com o prior e o prior deve ter com todos, fala das propriedades comuns, entre outros pontos.

A vida em comunidade sempre foi uma marca das comunidades cristãs. Os Apóstolos viviam em uma comunidade (por vezes cheia de problemas), os cristãos dos primeiros séculos também. Até os dias atuais, grande parte das ordens religiosas busca a santidade por meio desse estilo de vida. E o que a comunidade tem de tão especial? A razão para isso é muito simples: "se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê" (1Jo 4,20).


E no nosso caso? Os leigos não vivem em comunidade. Quem pensa assim, está enganado: a família, nossos amigos de grupo de jovens, colegas de aula ou de trabalho, todos formam comunidades. Para exercitarmos nossa vida em comunitária, precisamos aprender a conviver com aqueles que pensam diferentemente de nós, precisamos superar nossos problemas familiares (e quem não os têm?) com diálogo, aprender a trabalhar em equipe no emprego, na aula, no grupo de jovens, etc. Além disso, precisamos ver nossa paróquia inteira como uma grande comunidade, evitando disputas entre grupos da mesma Igreja, respeitando o trabalho e a vocação dos outros movimentos, etc.

Assim, gostaria de deixar esse convite a olharmos nossas comunidades como um aspecto de nossa vocação como carmelitas leigos. Que a Santíssima Trindade, a única comunidade perfeita que existe, nos ajude nessa difícil missão.

Um grande abraço a todos!

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